terça-feira, 9 de setembro de 2008

navio de velas brancas

“Voltaram ao quintal no momento em que um navio de velas brancas passava pelo quebra-mar, entrando no porto. Ela o olhou por um momento, encantada, e disse para o filho:

- Mira!

Jaime sorriu. A mãe lhe havia falado sobre os navios, dizendo que quando era menina o pai dela costumava levá-la para o morro, de onde ficavam olhando os navios que entravam no porto. E ele dizia que algum dia um grande navio de velas brancas chegaria para levá-los de volta à sua terra, onde se vivia em liberdade e onde um homem não tinha de dobrar os joelhos para ganhar o pão de cada dia.

O pai dela havia morrido há muito tempo, mas lhe deixara o sonho. E o sonho se transferira agora para o filho. Era ele que os levaria para a liberdade com a sua força e o seu conhecimento.

- Você teria gostado daquele navio - disse o filho.

Ela sorriu enquanto eles se encaminhavam para o cavalo, que comia o capim macio perto da cerca.

- Você é meu navio de velas brancas, jaime.”

Trecho retirado do livro “Os Libertinos” Harold Robbins

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