terça-feira, 9 de setembro de 2008

navio de velas brancas

“Voltaram ao quintal no momento em que um navio de velas brancas passava pelo quebra-mar, entrando no porto. Ela o olhou por um momento, encantada, e disse para o filho:

- Mira!

Jaime sorriu. A mãe lhe havia falado sobre os navios, dizendo que quando era menina o pai dela costumava levá-la para o morro, de onde ficavam olhando os navios que entravam no porto. E ele dizia que algum dia um grande navio de velas brancas chegaria para levá-los de volta à sua terra, onde se vivia em liberdade e onde um homem não tinha de dobrar os joelhos para ganhar o pão de cada dia.

O pai dela havia morrido há muito tempo, mas lhe deixara o sonho. E o sonho se transferira agora para o filho. Era ele que os levaria para a liberdade com a sua força e o seu conhecimento.

- Você teria gostado daquele navio - disse o filho.

Ela sorriu enquanto eles se encaminhavam para o cavalo, que comia o capim macio perto da cerca.

- Você é meu navio de velas brancas, jaime.”

Trecho retirado do livro “Os Libertinos” Harold Robbins

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Talvez seja 4 ou 5 no maximo.
Certeza não tenho, indago-me; para saber se não eram realmente 20 anos, mas como ter certeza se nunca os tive!
AHH! De nada me restam as certezas, pois um dia tive a certeza que seria médico, hoje já não sei se faço Direito ou Filosofia.
Gosto de descobrir coisas novas, de intender o que se passa, o que se foi, o que será!
Certa vez, estava a passar por certo caminho, certa pessoa, com alguns certos olhares, que de nada me valeram, duas ou tres desconfianças.Essas porém que me trouxeram 3 ou 4 pensamentos. Um deles me falava da vida, é... que devia ser bem vivida, talvez um pouco mais aproveitada, sempre viria com trovejos de algumas amarguras, oras também para serem deleitados. Então olhei para o céu, nuvens branquinhas de algodão, que até parecia com um coelhinho, daqueles gordinhos e bem fofinhos...Continuei a caminhar, e ao olhar novamente para o céu, via não mais um coelhinho, e sim um embaraço de fumaça, não quiz pensar que o vento o tinha levado, simplesmente achei que deveras havia ido pegar uma cenoura ou algo do tipo! Coelhos comem cenoura, e as horas comem a gente!
Sem notar, já tinha perdido muito tempo, pensando nos anos, nos caminhos, desconfianças, vida e coelhinhos, mas pensar que havia perdido tempo, nada mais me fez crer, que desde o começo falara dele, esse que tantos falam e já é batido, talvez o retempere com mais alguns "AS" ou "Ques"

Espiral

Certa vez ouvi dizer que a vida é uma constante espiral, assim bem dessas que giram... giram... giram, talvez você até saiba aonde vai dar o fim, mas se tentar desvendar acaba que por se enrroscando, em um emaranhado de contornos.
Quando penso que esta de volta, vejo-o escorregando entre meus dedos
Quando imagino que a campainha toca, descubro que apenas imaginei
Quando tenho a certeza que nunca mais vou perder meus olhos nos teus, a certeza me mostra as contradiçoes da vida.E a vida, essa vida que vive a nos juntar em belos abraços, sorrisos, conselhos e lagrimas, é essa mesma que teima em nos separar...
Sinto um aperto,acho que é meu coração, dizendo que por mais completa que a vida esteja, ela ainda não está completa; impossivel ser feliz, sem ter quem amamos bem ao nosso lado,impossivel ser feliz, ouvindo voce dizer que as coisas não sao faceis, e que os preços são altos.
Talvez pareça piada, não daquelas que começamos rindo e terminamos chorando de dor na barriga e nas buchechas, é daquelas que começamos chorando e teimamos a chorar até ver que a dor não cessará, então fingimos rir pra não enlouquecer
Voce ficou pra trás.