domingo, 8 de março de 2009

Amor

Você está sozinho… Em frente a TV, devora dois pacotes de doritos enquanto espera o telefone tocar.
Bem que podia ser hoje, bem que podia ser agora, um amor novinho em folha…
Triiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiimmm
É a sua mãe, quem mais poderia ser?
Amor nenhum faz chamadas por telepatia.
Amor não atende com hora marcada.
Ele pode chegar antes do esperado e encontrar você numa fase “galinha”, sem disposição para relacionamentos sérios.
Ele passa batido e você nem aí.
Ou pode chegar tarde demais e encontrar você desiludido, desconfiado, cheio de olheiras….
E o amor dá meia - volta, volver….
Por que o amor nunca chega na hora certa?
Agora, por exemplo…
Que você está de banho tomado, com camisa e jeans?
Agora que você está empregado, lavou o carro e está com grana?
Agora que você pintou o apartamento, ganhou um porta-retrato e começou a gostar de jazz?
Agora que você está com o coração as moscas e morrendo de frio.
O amor aparece quando menos se espera e de onde menos se imagina.
Você passa uma festa inteira hipnotizando alguém que nem te enxerga, e mal repara em outro alguém que só tem olhos para você.
Ou então fica arrasado porque não foi à praia no final de semana.
Toda sua turma está lá, azarando-se uns aos outros.
Sentindo-se um ET perdido na cidade grande, você busca refúgio numa locadora de vídeo, sem prever que ali mesmo, na locadora, irá encontrar a pessoa que dará sentido a sua vida.
O amor é que nem tesourinha de unhas, nunca está onde a gente pensa.
O jeito é redirecionar o radar, para norte, sul, leste e oeste.
Seu amor pode estar num corredor de supermercado, pode estar impaciente na fila de um banco, pode estar pechinchando numa livraria, pode estar cantarolando sozinho dentro de um carro. Pode estar aqui mesmo, no computador, dando o maior mole.
O amor está em todos os lugares, você que não procura direito!
A primeira lição está dada:
“O amor é onipresente!”
Agora, a segunda:
“… mas é imprevisível!”
Jamais espere ouvir “Eu te amo” num jantar à luz de velas no dia dos namorados.
Ou receber flores logo após a primeira transa.
O amor, odeia clichês.
Você vai ouvir “eu te amo” numa terça-feira, às quatro da tarde… depois de uma discussão, por você ter gostado do filme e ele não…e as flores vão chegar no dia que você tirar carteira de motorista, depois de aprovada no teste de baliza…
Idealizar é sofrer!
Amar é surpreender!
Amem sempre, pois (não é mera pieguice) tudo passa, no fim, só o amor, permanece!

Martha Medeiros

sábado, 25 de outubro de 2008

Um pouco mais


Me leve pro mar meu bem...Me leve pro nada, onde não haja ninguém. Me traga paz, canção e amor. Me mostre o singelo e me diga do bem. Me sonhe nos seus sonhos onde dos meus nunca saíres, assim de mansinho como te tenho me tenhas.
Quero por do sol, leite em pó com açúcar, gelatina quebrada e manha no reduto.
Peço apenas um pouco de poesia, se não souberes prometo que ti ensino, pois lhe juro descanso, sombra e água fresca!
Se altas ondas quebrarem, ti puxo pra baixo do mar e lhe dou ar.
Confesso não sou sereia, nem duquesa, não trago riqueza nem prometo céus e mares...Se consigo arrancar um sorriso...ah com isso ganho o meu dia!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

navio de velas brancas

“Voltaram ao quintal no momento em que um navio de velas brancas passava pelo quebra-mar, entrando no porto. Ela o olhou por um momento, encantada, e disse para o filho:

- Mira!

Jaime sorriu. A mãe lhe havia falado sobre os navios, dizendo que quando era menina o pai dela costumava levá-la para o morro, de onde ficavam olhando os navios que entravam no porto. E ele dizia que algum dia um grande navio de velas brancas chegaria para levá-los de volta à sua terra, onde se vivia em liberdade e onde um homem não tinha de dobrar os joelhos para ganhar o pão de cada dia.

O pai dela havia morrido há muito tempo, mas lhe deixara o sonho. E o sonho se transferira agora para o filho. Era ele que os levaria para a liberdade com a sua força e o seu conhecimento.

- Você teria gostado daquele navio - disse o filho.

Ela sorriu enquanto eles se encaminhavam para o cavalo, que comia o capim macio perto da cerca.

- Você é meu navio de velas brancas, jaime.”

Trecho retirado do livro “Os Libertinos” Harold Robbins

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Talvez seja 4 ou 5 no maximo.
Certeza não tenho, indago-me; para saber se não eram realmente 20 anos, mas como ter certeza se nunca os tive!
AHH! De nada me restam as certezas, pois um dia tive a certeza que seria médico, hoje já não sei se faço Direito ou Filosofia.
Gosto de descobrir coisas novas, de intender o que se passa, o que se foi, o que será!
Certa vez, estava a passar por certo caminho, certa pessoa, com alguns certos olhares, que de nada me valeram, duas ou tres desconfianças.Essas porém que me trouxeram 3 ou 4 pensamentos. Um deles me falava da vida, é... que devia ser bem vivida, talvez um pouco mais aproveitada, sempre viria com trovejos de algumas amarguras, oras também para serem deleitados. Então olhei para o céu, nuvens branquinhas de algodão, que até parecia com um coelhinho, daqueles gordinhos e bem fofinhos...Continuei a caminhar, e ao olhar novamente para o céu, via não mais um coelhinho, e sim um embaraço de fumaça, não quiz pensar que o vento o tinha levado, simplesmente achei que deveras havia ido pegar uma cenoura ou algo do tipo! Coelhos comem cenoura, e as horas comem a gente!
Sem notar, já tinha perdido muito tempo, pensando nos anos, nos caminhos, desconfianças, vida e coelhinhos, mas pensar que havia perdido tempo, nada mais me fez crer, que desde o começo falara dele, esse que tantos falam e já é batido, talvez o retempere com mais alguns "AS" ou "Ques"

Espiral

Certa vez ouvi dizer que a vida é uma constante espiral, assim bem dessas que giram... giram... giram, talvez você até saiba aonde vai dar o fim, mas se tentar desvendar acaba que por se enrroscando, em um emaranhado de contornos.
Quando penso que esta de volta, vejo-o escorregando entre meus dedos
Quando imagino que a campainha toca, descubro que apenas imaginei
Quando tenho a certeza que nunca mais vou perder meus olhos nos teus, a certeza me mostra as contradiçoes da vida.E a vida, essa vida que vive a nos juntar em belos abraços, sorrisos, conselhos e lagrimas, é essa mesma que teima em nos separar...
Sinto um aperto,acho que é meu coração, dizendo que por mais completa que a vida esteja, ela ainda não está completa; impossivel ser feliz, sem ter quem amamos bem ao nosso lado,impossivel ser feliz, ouvindo voce dizer que as coisas não sao faceis, e que os preços são altos.
Talvez pareça piada, não daquelas que começamos rindo e terminamos chorando de dor na barriga e nas buchechas, é daquelas que começamos chorando e teimamos a chorar até ver que a dor não cessará, então fingimos rir pra não enlouquecer
Voce ficou pra trás.

domingo, 31 de agosto de 2008

Nada Pra Mim

Eu!
Não vim aqui, pra entender ou explicar
Nem pedir nada prá mim,não quero nada prá mim...
Eu!
Vim pelo que sei; e pelo que sei
Você gosta de mim
É por isso que eu vim...
Eu não quero cantar
Pra ninguém a canção
Que eu fiz prá você,que eu guardei pra você
Prá você não esquecer
Que eu tenho um coração; e é seu!...
Tudo mais que eu tenho,tenho tempo de sobra
Tive você na mão
E agora
Tenho só essa canção...